Blog, flog, vlog... todas (quase todas) as pessoas possuem um, mas afinal, o que vem a ser? Desconstruindo a ideia de que são apenas diários ou álbuns virtuais de adolescentes, para Barros (2010), blog, contrátil de weblog, é um web site que contém breves entradas, chamadas posts, arranjadas em ordem cronológica inversa. Flog e vlog são variantes do blog, mas que essencialmente apresentam fotografias e vídeos, respectivamente.
Assim, no mundo virtual o modo mais simples de nos expressarmos e ter conhecimento do que o Outro pensa, é publicando e compartilhando nossas ideias por meio de um blog. Segundo Sousa et. al. (2007), os blogs são mais do que espaços sociais “colaborativos” e, se bem editados e difundidos, podem ser um novo instrumento social relacionado com a acumulação do conhecimento gerado a partir da prática, da sabedoria e do discernimento dos seus próprios leitores.
Como estudante de Arquivologia, percebo que para a Ciência da Informação, a utilização dos blogs serve como um importante meio de interação e aprendizagem, tanto para os estudantes como para os curiosos da área. Para os profissionais da informação – que cada vez mais exercem a sua atividade fora da tradicional esfera da administração pública, das bibliotecas públicas, dos arquivos históricos e dos centros de documentação/bibliotecas especializadas – os blogs representam não só uma oportunidade de exercício profissional, como também um veículo importante do ponto de vista formativo (SOUSA, Op. Cit., p. 104). Para a Arquivologia especificamente, é notável o valor de um blog para que o leque de instrumentos de consulta às informações seja de um alcance maior. A visão do arquivista não deve ser somente voltada para dentro do arquivo, mas do arquivo voltado para o exterior, para o usuário.
Aí é que entra em questão o blog, um grande aliado para difundir as informações custodiadas nos arquivos. Ação simples, mas que precisa ser muito bem planejada, visto que, conforme Sousa et. al. (2007), antes e após a disponibilização de serviços com base em ferramentas como o blog, deve analisar-se o comportamento informacional dos utilizadores, dado que, cada arquivo se insere num meio ambiente próprio, no qual os utilizadores podem ter comportamentos distintos e necessidades muito próprias. Sendo assim, a sobrevivência do blog dependerá da escolha de seu público alvo, já que, na inexistência da realimentação e interação constante por parte dos utilizadores, o sistema pode perder o seu interesse e respectivo valor informacional.
Aposto que desde sua criação, nunca se imaginou que um blog poderia ser tão útil e popular, ser informativo. Informar e ser informado, construir ideias, quebrar paradigmas; produzir, trocar e difundir conhecimento. Para Recuero (2007), é determinante a maneira de construir uma identidade que possa ser reconhecida pelos demais e como espaço de interação, onde é possível perceber a estrutura das redes sociais.
Isso é um blog! E aí, você ainda acha que blog só serve para diário de adolescente?
Fica a dica para acessarem o blog do Arquivo Histórico Moysés Vellinho: http://ahpoa.blogspot.com/
Até mais!
Até mais!
Referências:
BARROS, Moreno Albuquerque de. Blogs e Bibliotecários. Universidade Federal Fluminense. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=139931>. Acesso em: 28 mar. 2011.
RECUERO, Raquel. Tipologia de Redes Sociais Brasileiras no Fotolog.com. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=139933>. Acesso em: 28 mar. 2011.
SOUSA, Paulo Jorge et. al. A Blogosfera: perspectivas e desafios no campo da Ciência da Informação. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=139932>. Acesso em: 28 mar. 2011.
