segunda-feira, 13 de junho de 2011

Museus virtuais

A fim de divulgarem seus acervos, dando maior visibilidade às suas coleções, os museus se destacam na Internet.


Com a rápida expansão da Internet na última década do século XX, multiplicaram-se sítios auto-intitulados “museus”, dentre os quais destacamos os museus de arte. Ostentando nomes como webmuseu, cibermuseu, museu digital ou museu virtual, tais sítios apresentam-se, com freqüência, como interfaces de instituições museológicas construídas no espaço físico, [...] que, graças à Internet, podemos “visitar” em um mesmo dia, escolhendo o melhor trajeto e o horário mais conveniente. Ao lado dessas interfaces, foram criados sítios que, embora sem equivalente no mundo físico, também se intitulam “museus” e apresentam “acervos” formados por reproduções digitais ou por obras-de-arte criadas originalmente em linguagem digital (LOUREIRO, 2004, p. 97).

Visitando alguns museus virtuais, destaco um museu, o Museu da Pessoa. Por seu nome peculiar, fiquei bastante curiosa para saber quais as propostas do museu. O Museu, fundado em 1991 propõe a construção de uma teia de histórias de vida, histórias de qualquer pessoa que queira compartilhar suas vivências, ampliando a participação dos indivíduos na construção de memória social. Isso é incrível! Um museu não “sobrevive” somente de peças raras, antigas ou tecnológicas, não deve expor a história de alguns povos, como se fossem mais importantes do que outros. Porque a cultura e a memória não são feitas por alguns, mas por todos. Essa frase sintetiza o Museu da Pessoa. Simples assim, se torna grandioso; sem firulas o Museu da Pessoa cumpre bem seu papel em construir, preservar e difundir a cultura e a memória de todos utilizando a Internet.

Diante da experiência em visitar museus virtuais, percebo a preocupação para que cada vez mais pessoas tenham acesso às coleções dos museus. Por outro lado há um questionamento quanto aos direitos autorais e a segurança das bases de dados dos museus no meio virtual. Sempre existem os prós e os contras quanto à divulgação de informações e propagação de conhecimento na Internet, mas o que não há de se contestar é que não existe nada parecido com a sensação de visitar um museu físico, de estar frente a frente com a história, a memória, a cultura que construímos vivendo ou seria vivendo construindo?!

Confira a seguir, um vídeo sobre o recente projeto do Google, o Art Project, que permite ao visitante virtual “andar pelas galerias” de importantes museus do mundo todo.



Referências:

ART PROJECT. Disponível em: <http://www.googleartproject.com/>. Acesso em 13 de jun. 2011.

LOUREIRO, Maria Lucia de Niemeyer. Webmuseus de arte: aparatos informacionais no ciberespaço. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 33, n. 2, p. 97-105, maio/ago. 2004. Disponível em:

MUSEU DA PESSOA. Disponível em: <
http://www.museudapessoa.net/>. Acesso em: 13 de jun. 2011.

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