segunda-feira, 9 de maio de 2011

A interatividade multifacetada do vídeo como fonte de informação

O vídeo para a sociedade atual é uma importante e interativa fonte de informação. Para Semeler (2010), “vídeo é informação, mensagem, teoria, arte, conceito, um estado, um objeto, um processo ou, talvez, um tipo de informação intraduzível.” Conceituando de uma forma mais detalhada, Moran diz:

O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não separadas. Daí a sua força. Nos atingem por todos os sentidos e de todas as maneiras. [...] Desenvolve um ver entrecortado – com múltiplos recortes da realidade – através dos planos – e muitos ritmos visuais: imagens estáticas e dinâmicas, câmera fixa ou em movimento, uma ou várias câmeras, personagens quietos ou movendo-se, imagens ao vivo, gravadas ou criadas no computador. Um ver que está situado no presente, mas que o interliga não linearmente com o passado e com o futuro (MORAN, 1995, p. 2).


A partir de tais definições, percebe-se que o vídeo pode ser de grande valia como ferramenta de auxílio ao trabalho do profissional da informação. Conforme Eggert e Martins (1996), a produção de vídeo para divulgação do profissional da informação constitui um recurso atrativo e apropriado como fonte de informação. Seu uso tecnológico contribui para a difusão de informações acerca da categoria profissional em questão. A imagem é um instrumento de mensagem persuasivo com alto poder de penetração, sendo assim, a dinâmica e o movimento da imagem são mais adequados a oferecer uma percepção de um profissional da informação do que um texto em si, daí porque acredita-se ser esta uma estratégia para o profissional da informação conhecer a si, estimar-se e compreender melhor a que veio à sociedade.

Sob uma ótica arquivística, Navarro apud Laux (2010), afirma que há uma clara necessidade de que os arquivos devem usar as tecnologias da informação e comunicação na sociedade da informação para projetar os arquivos para a sociedade e ampliando seus usuários. Por esta razão, deve-se utilizar as tecnologias como uma forma de atrair ao arquivo os cidadãos e tornar evidente a utilidade de seu conteúdo para a investigação, a cultura, o comércio e o exercício de direitos democráticos.

O vídeo serve como um aparato a mais para conscientizar e divulgar a importância do arquivista e de seu local de trabalho junto à comunidade. Nessa perspectiva, o vídeo pode se tornar uma ferramenta de Marketing, objetivando a construção de uma imagem mental da instituição arquivo e atribuindo um conceito positivo sobre ela. Para Irala (2010), vídeo une o apelo visual da imagem e a especificação da mensagem oral e escrita.

Enfim, a partir dessa ferramenta multifacetada e interativa, os arquivistas podem envolver a sociedade em seus projetos, valorizando seu trabalho e promovendo a instituição; abrindo as portas dos arquivos por esta janela que é o vídeo.

O vídeo a seguir exibe a apresentação do Arquivo Histórico do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e região – AHSBPOA.






Referências:

EGGERT, Gisela; MARTINS, Maria Emília Ganzarolli. Bibliotecário. Quem é? O que faz?  Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis. V.l. N.l, 1996. Disponível em: <www.acbsc.org.br/revista/ojs/include/getdoc.php?id=741&article=7&mode=pdf>. Acesso em: 06 mai. 2011.

IRALA, Márcia Petinga. O vídeo institucional como forma de promover a biblioteca universitária. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Curso de Biblioteconomia, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/27801>. Acesso em: 06 mai. 2011.

LAUX, Núbia Marta. A divulgação dos arquivos públicos através de seus websites. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Curso de Arquivologia, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/25633>. Acesso em: 06 mai. 2011.

MORAN, José Manuel. O Vídeo na Sala de Aula. Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm>. Acesso em: 06 mai. 2011.

SEMELER, Alexandre Ribas. Vídeo digital: imagem, tecnologia e informação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/25630>. Acesso em: 06 mai. 2011.

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