Existem vários conceitos quanto à imagem. Platão apud Joly (2008), define: “Chamo de imagens em primeiro lugar as sombras, depois os reflexos que vemos nas águas ou na superfície de corpos opacos, polidos e brilhantes e todas as representações do gênero.” Atualmente existem as “novas imagens” ou “imagens virtuais” que segundo Joly (2008), [...] propõem mundos simulados, imaginários, ilusórios [...] expressão designa, em ótica, uma imagem produzida pelo prolongamento de raios luminosos [...] São imagens fundadoras de um imaginário rico e produtivo.
As diferentes utilizações do termo “imagem” lembram o deus Proteu: parece que a imagem pode ser tudo e seu contrário – visual e imaterial, fabricada e “natural”, real e virtual, móvel e imóvel, sagrada e profana, antiga e contemporânea, vinculada à vida e à morte, analógica, comparativa, convencional, expressiva, comunicativa, construtora e destrutiva, benéfica e ameaçadora (JOLY, 2008, p. 27).
A imagem é algo muito significativo e diversificado. Um filme, um desenho infantil, uma pintura impressionista, um grafite, uma fotografia, uma imagem mental, um holograma; todos são exemplos de imagens. Conforme Muñoz Castaño (2001), a imagem não precisa ser vista exclusivamente como reflexo de uma personalidade criativa, mas também como o resultado da aplicação de conhecimentos técnicos que irão influenciar fortemente na hora de determinar um número significativo de seus recursos.
Com a disponibilidade cada vez maior de imagens, as mídias digitais também exercem influência sob as mesmas. O desenvolvimento da imagem digital e da Internet levou à proliferação de bancos de imagem (MUÑOZ CASTAÑO, 2001, p. 1). Os bancos de imagens surgiram para proporcionar maior propagação de diferentes imagens e até uma maior visibilidade do autor da imagem.
Trago como exemplo o banco de imagens da Revista Life, responsável por algumas das melhores imagens do fotojornalismo. O Google anunciou uma parceria com a Time Inc., responsável pela publicação, e disponibilizou na rede o arquivo fotográfico da revista, que conta com mais de 10 milhões de fotografias – 97% desse material é inédito.
Segundo o Google, esta iniciativa faz parte do objetivo de organizar toda a informação do mundo e torná-la universalmente acessível e útil. Esta coleção, que inclui fotos recém digitalizadas, foram produzidas e são de propriedade da Life. Apenas uma pequena parte dessas imagens foram publicadas na revista. O restante, tem sido armazenado em arquivos empoeirados, sob a forma de negativos, placas de vidro, gravações e estampas.
As ilustrações no banco de imagens são dispostas por seções, estão protegidas por direitos autorais e têm uso restrito, não podendo ter uso comercial. O serviço trás informações sobre a fotografia como seu título, tamanho, local, datação e fotógrafo.
Apesar das imagens estarem digitalizadas e disponíveis ao público, espero que o acervo físico não fique esquecido e empoeirado, já que este sim é o arquivo original.
[...] é possível admitir que uma imagem sempre constitui uma mensagem para o outro, mesmo quando esse outro seja nós mesmos (JOLY, 2008, p. 55).
Dê uma conferida no acervo fotográfico em:
Até mais!!
Referências:
JOLY, Martine. Introdução à análise da imagem. 12. ed. Campinas : Papirus, 2008.
MUÑOZ CASTAÑO, Jesús E. “Bancos de imágenes: evaluación y análisis de los mecanismos de recuperación de imágenes”. En: El profesional de La información, 2001, marzo, v. 10, n. 3, pp. 4-18.
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